Monday 26 January 2015

photo: Jack Lewis



























Esta semana celebramos 5 meses na Nova Zelândia. 

Parece que chegámos ontem mas já vivemos em 5 lugares diferentes, temos um carro, construímos mobília, fizemos uma roadtrip de quase 3000km e temos 2 ou 3 amigos. 

É difícil explicar este país, mas tão fácil de o entender. 
Tenho tantas maneiras diferentes por onde posso pegar o assunto que não sei por onde começar. 
As coisas boas toda a gente as sabe: Toda a gente vê as fotos das praias fantásticas, dos lugares bonitos e das cidades à beira mar (e quem não viu, pode ver aqui.) Mas há coisas que não fotografo, que não falo, que não sei como introduzir no meio de uma chamada telefónica para Portugal enquanto falo sobre a minha semana. 

Duas vezes por semana eu e o Jack fazemos voluntariado numa instituição que na verdade não é uma instituição.

Um grupo de pessoas cozinha todos (TODOS!) os dias para quem quer comer. Não se fazem perguntas. Quem quer comer aparece e é servido. Aliás... quando chegámos a Hamilton, era comum muitas pessoas pararem-nos na rua e dizerem "Não se esqueçam que ás 6 servem o jantar no parque de estacionamento". Não sei se era por parecermos meios perdidos, por sermos caras novas na cidade ou por outro motivo que nos escapou. 

Pois bem, todos os dias às 6 da tarde, no centro da cidade, uma refeição è servida a quem a quiser receber. 
Acontece mesmo ao lado do edifício onde trabalho e eu saio às 5:30. Dá-me tempo suficiente para chegar cedo e falar com quem já lá está na fila. Num dia normal temos à volta de 50 pessoas. Certos dias chegamos às 100. Outros são apenas 20 e no dia de Natal foram só 5 (Quando tentámos perceber porquê e perguntámos a quem vinha normalmente o porquê de não terem aparecido, disseram que foi porque achavam que não haveria serviço no dia de Natal, porque normalmente tudo fecha para o Natal e acharam que ninguém se ia dar ao trabalho de vir nesse dia cozinhar pra eles). 

Por não termos disponibilidade não cozinhamos, só servimos a comida (se bem que cozinhámos a ceia de dia 24 de Dezembro e do dia de Natal por estarmos de férias). Mas o nosso papel vai mais além do que servir uma sopa ou dar um bolo. 

Normalmente quando chego às 5.45 já está a fila formada. Só homens. As regras (não escritas ou faladas) ditam que as crianças são servidas primeiro, depois as mulheres e depois os homens. As crianças brincam até a comida aparecer e as mulheres juntam-se ao início da fila também nessa altura. Se uma mulher chegar atrasada, é-lhe dado lugar no início da fila.

Quando a carrinha da Tia P chega, os voluntários e algumas pessoas abrem a mala e tiram os contentores de comida, as mesas e todo o equipamento que permite criar uma cantina ambulante em menos de 10 minutos. 

Existem duas ou três mesas e bancos que foram doados por um armazém e uma linha de distribuição do jantar. Toda a gente sabe o que fazer. Isto é um evento diário e tudo corre come se fosse uma verdadeira máquina bem oleada. Depois de a Tia P pedir silêncio e explicar as regras ("Esta é uma zona livre de álcool, drogas e má linguagem! Quem não respeitar o nosso pedido será convidado a abandonar o local"), a comida à abençoada, normalmente em Maori (a língua da população indígena da Nova Zelândia) e a distribuição começa. Muitas vezes já dizemos olá às pessoas pelo seu nome. Muitas delas aparecem todos os dias. Já sabemos quem não gosta de legumes ou de arroz e quem gosta de ter sempre mais pão ou fruta. Eu sinto que um dos problemas da pobreza é não ter muita escolha. O que comer, quando comer, o que se pode fazer, então acho importante estes pequenos momentos onde a pessoa pode escolher entre o que temos, o que quer comer e a quantidade. Se calhar estou-me a focar em algo pouco importante, mas eu acho que conta. Sei que não podemos muitas vezes dar dois pedaços de fruta, mas quando alguém pede com jeitinho não consigo dizer que não. 

Toda a gente come no parque de estacionamento (faz parte das regras. Já foram feitas queixas por haver comida espalhada pela cidade ou pratos e copos e o projecto esteve em risco de fechar). Encostados à parede, a carros, sentados no muro... 

Não existe a pessoa "típica" que aparece. Um dos meus desejos e talvez o motivo porque estou a escrever este post, é porque quero eternizar as histórias que me contam. Não quero que fiquem esquecidas. Principalmente porque não me quero esquecer. 

Aqueles que me são mais próximos neste projecto são o T. e a L.
O T. tem 7 anos, é Maori e tem problemas da fala que são facilmente ignorados porque se pensa que o motivo porque não se entende nada do que ele diz é porque está tão feliz por te ver e está a falar a mil à hora. Sempre que eu chego vem-se sentar ao meu lado e pergunta pelo Jack (que normalmente chega mais tarde). Fala a 500km/h sobre qualquer coisa que se passou no seu dia, levanta-se e vai brincar com os outros miúdos. Antes do Natal perguntei-lhe o que gostava de receber de prenda e disse-me "morangos". De coração apertado e sem saber o que dizer, satisfiz-lhe o pedido. 
É comum encontrar o T. durante o meu dia. Normalmente ele passa os dias no centro da cidade meio sozinho, principalmente agora nas férias de verão da escola. Ele considera ser normal passar os dias na biblioteca a ver televisão ou no parque a brincar na fonte, mas eu sei que o motivo é mais do que uma vontade dos pais em querer que ele esteja ao ar livre. Quando encontro o T. sei se está com a mãe e o pai ou com os tios. Se esteve com os tios aparece com o cabelo cortado, roupa e cara limpa. Se está com os pais, está sempre a lamber o ranho da cara. Já perdi a conta aos pacotes de lenços que lhe dei. 

A L. é irmã do T. Tem 11 anos e é uma das crianças mais adultas que já conheci. Toma conta do irmão e mesmo quando ele não está ao lado dela, sabe sempre onde ele está. A semana passada quando cheguei, veio logo ter comigo e disse "Vamos-nos embora! De vez!", de acordo com a história, o pai tem que arranjar trabalho e não está a conseguir aqui. Ela estava triste. Talvez porque como eu, ia perder uma amiga. Eu não sabia se havia de levar a história a sério ou não. É costume pessoas dependentes de droga fazerem planos e falarem deles mas muitas vezes não irem avante com a ideia. A maior preocupação dela era o T. Ele tem uma terapeuta da fala que demorou muito tempo a conseguir e se se mudarem para outro sítio ele vai perder esse benefício. Segundo ela, o T já fala muito melhor desde que começou as sessões com a terapeuta. 
Tentando animá-la disse "Bem, então temos que fazer alguma coisa especial antes de irem embora!". Não pareceu resultar. Como se não acreditasse em mim. Tentei de novo "Aposto que vais à praia muitas vezes, mas se calhar podíamos ir lá este fim de semana! Que achas?" Os olhos abriram-se mas não olhou para mim. Abriu a boca e gritou pelo irmão: "T.!!!!! ELA DIZ QUE VAMOS À PRAIA!!". Apressei-me a calá-la. "Temos que falar com a tua mãe primeiro." Voltou o olhar triste "Aposto que ela vai dizer que não!". Entretanto ouço uma discussão. Um dos "patrons" (o que chamamos a quem vem receber comida e não consigo encontrar tradução para a palavra), alguém que conheço por ter um atraso mental e se comportar como uma criança de 15 anos apesar de ter quase 60, decidiu pôr uma das mesas do jantar, no meio do parque de estacionamento. Se aparecesse um carro, não poderia passar. Vi o seu ar entusiasmado, já sentado na mesa como quem espera a comida, enquanto dizia "Que divertido!! Hoje vamos jantar num sítio novo!!". Mas a N, a mãe do T e da L, não estava a achar piada. Chamou-lhe todos os nomes ofensivos que sabia. Alguns que eu nunca tinha ouvido, enquanto lhe dava murros nos braços e dizia "És mesmo uma criança!! Porta-te como um adulto". 
Estavam cerca de 30 pessoas no parque de estacionamento. Ninguém se mexeu a não ser a L. Correu para a beira deles e tentou afastar a mãe como quem separa uma briga. Toda a gente baixou a cabeça e fez de conta que nada de passava enquanto a L dizia à mãe para parar de a envergonhar e para se afastar. O "patron" disse qualquer coisa inaudível e a L disse-lhe "pára de a provocar!". A mãe continuou a gritar e a atirar-se para cima do senhor. Aparece o Marcus, um dos voluntários que coordena o jantar e disse "Já chega!". Ficou tudo em silêncio enquanto ele pegou na mesa (fazendo com que o "patron" se levantasse) e pôs-la no lugar do costume. A N afastou-se e a L foi para um canto, demasiado envergonhada para olhar para mim. Apercebi-me então que as lágrimas escorriam pela minha cara e o meu coração estava prestes a sair-me pela boca. 

Não sei se consigo explicar o porquê. Sei que estava em comunhão com a vergonha que ela sentiu. Passou-me pela cabeça tudo o que a L poderia estar a sentir e saiu em forma de lágrimas e soluços. 
Não falámos até a refeição ter acabado e todos se terem ido embora. A caminho de casa vi-a sentada num banco e jardim e sentei-me ao lado dela. Estava de olho no irmão enquanto ele brincava no chafariz ao longe. Não falei do que se tinha passado. Perguntei o porquê de estarem ali. Ela disse que estavam à espera dos pais. Perguntei onde é que eles estavam. "A tentar arranjar droga. Não deve demorar".Olhei em volta e vi o pai a sair de um beco e a entrar na biblioteca. Provavelmente para ir ªa casa de banho e se trancar lá dentro. Pensei eu.
Perguntou-me se eu estava a falar a sério quanto a irmos passear à praia. Eu disse que sim. A mãe dela voltou e eu sabia que era má altura para falar com ela. Tinha acabado de tomar qualquer coisa e não estava em si, mas não queria desapontar a L. 
Falei-lhe da ideia e ela disse que sim, que podíamos passar o dia juntos. A L chamou o T e começámos os 3 a fazer planos de um dia feliz na praia a comer gelados.

Dois dias depois, quando chego, a L senta-se ao meu lado e chama-me mentirosa. Eu perguntei porquê e ela disse que não podíamos ir à praia! A mãe disse que ela e o T não iam a lado nenhum comigo e com o Jack! Era óbvio que a mentirosa aqui não era eu, e tanto eu como a L sabíamos, mas mais uma vez ela tinha demasiada vergonha para admitir que a culpa era da mãe. Perguntei se a mãe tinha dado um motivo e ela ficou-se pelo "sim". Eu disse que ela não tinha que me dizer o que a mãe lhe disse e ela agradeceu, acrescentando que preferia não contar. 
Não sei como vão os planos de se mudarem. Mas disse-lhe que talvez pudéssemos ficar pelo centro da cidade a comer um gelado da próxima vez que nos encontrássemos por acaso. 
Nos anos da L o Jack comprou um bolo e velas e levámos para o parque de estacionamento. "NÃO QUERO CANTAR OS PARABÉNS À FRENTE DESTA GENTE TODA!!!!!!!" e o Jack diz "Oh vá lá!" E ela diz "OOOOOOOOOKKKKKK!!" :) 
E levou o bolo para casa para partilhar com a avó. 

Outra pessoa que conheci foi o D.
O D foi a primeira pessoa que vimos em Hamilton quando viemos cá a primeira vez. Estava no centro da cidade e chamava a atenção por estar a segurar um grande poster que dizia "PEACE". Na sua mão esquerda segurava uma vara com penas e símbolos tribais.
A semana passada apareceu na fila para o jantar e no final pus conversa com ele. Contou-me que tem estado desempregado nos últimos 20 anos. A sua formação era como inspector de segurança em edifícios e obras. Contou-me que quando começou a fazer campanhas por uma fiscalização mais rigorosa em obras, os clientes não acharam piada, por causa das despesas extra que lhes iria trazer. Começou a receber menos e menos trabalho até descobrir que tinha sido riscado dos livros e estava na lista negra do governo. Contou-me que passou os últimos 20 anos a escrever cartas sobre o assunto e a pedir ao governo que implementasse as suas ideias. "Viste as notícias a semana passada? Agora é preciso, antes de qualquer obra, que o carpinteiro, pecheleiro, construtor, mostre as suas credenciais ao cliente e que só depois de terem sido comprovadas pode começar a obra! Gosto de pensar que as minhas cartas tiveram a ver com isto, mas sei que o governo nunca me daria o devido crédito".
Disse-me que lhe deram a opção de manter as suas ideias quietas e fazer o seu trabalho. "Deve ser difícil fazer o seu trabalho dessa maneira. Aposto que se sentia culpado por não estar a fazer aquilo que achava ser certo" acrescentei eu. "A verdade é que me sentiria culpado nessa situação por não fazer nada e nesta. Depois de me rejeitarem para trabalhar, não consegui ficar de braços cruzados sem fazer nada por um assunto que para mim, importava tanto. A qualquer desgraça relacionada com o assunto, sentia que a culpa era minha! Agora estou a 3 anos da reforma e ninguém me quer empregar em nada..."

A semana passada, estava eu e o Jack a brincar com 2 meninas depois do jantar (uma de 4 anos e outra de 7) quando nos apercebemos que já só restavam voluntários no parque de estacionamento. Estavam-nos a ensinar como posar para uma foto e desfilar na passerelle: "pões a mão na anca assim e dás uma volta assim". Quando perguntámos com quem iam embora, a menina de 7 anos pôs-se alerta, pegou na mais nova pela mão e tentou fugir dali. Percebi que era um cenário que já tinha sido repetido. Para evitar problemas a mais velha tentou não explicar que a pessoa com quem estavam as tinha deixado sozinhas. Alertei a Tia P e ela chamou uma pessoa conhecida que sabia onde as meninas viviam. Pediu para ser transmitido aos pais das crianças que da próxima vez que as deixassem sozinhas, que iria alertar a polícia.
No dia seguinte passei pelas meninas. Estavam ao lado de alguém que me pareceu estar a comprar droga. Eu estava a cerca de 50 metros delas. Quando a mais nova me viu, pôs a mão na anca e deu uma voltinha, como tínhamos feito no dia anterior. Eu copiei os movimentos e passámos 30 segundos cúmplices de brincadeira, alheias a todos. Despedi-me com um aceno, um beijo atirado no ar e voltei a caminhar... De coração apertado tamanha a impotência.

Ontem, ao passear na cidade, ouvi o Jack respirar de alivio muito fundo. Foi como se 500kg tivessem saído dos seus ombros. Quando lhe perguntei o que tinha visto disse "Aquele senhor que vai ali... Há 3 semanas disse-me que se ia matar. Falámos muito tempo e apesar de não saber o que dizer, tentei ajudar. Não o tinha visto desde então e não te disse para não te preocupares."

As histórias multiplicam-se. São difíceis de ouvir, mais difíceis de contar e devem doer pra caraças pra quem as vive. 
Ontem, a falar com uma amiga, ela revelou a sua frustração e incapacidade de compreensão para com o interessa da população nas histórias dos mais desfavorecidos. "Não consigo conjugar a realidade de que eu, tento 3 empregos e esforçando-me que nem um cavalo para sobreviver, sou uma pessoa 'menos interessante' do que as pessoas com histórias tristes". Entendo-a! Perfeitamente! Não a julgo por pensar assim. Também na minha cabeça mexe e remexe e não compreendo tudo.

Não ache que sejam histórias "mais interessantes"... Por outro lado: para mim mostram-me histórias normais. A linha ténue que separa a minha vida e a destas pessoas. Aparecem jovens da minha idade todos os dias. Calados. Nunca ouço a sua história. Homens de idade, dementes. Famílias inteiras. Senhoras arranjadas. Homens de fato. Não sei a sua história. Tenho mais facilidade com as crianças e mas vontade de me ligar a elas. Não estão ali por quererem. Não têm escolha. 

Quando vejo a L e o T na rua durante o dia perguntam-me "Vens jantar connosco hoje?" e por um momento tenho que me lembrar que para eles o jantar é aquela refeição servida em pratos de plástico, às 6 da tarde num parque de estacionamento da Câmara Municipal. Tão diferente da minha realidade quando tinha a idade deles. Pensei no Manu, da mesma idade do T, e em como vão ser diferentes os seus futuros, marcados pelo passado.

7 comments:

Natalia said...

Chorar e chorar e como podemos esquecer esta realidade ?
ès um orgulho muito meu..
Obrigada por me teres escolhido para tua mãe

ès minha <3

Rui Guimarães said...

Muito interessante o post.
Os número dizem que 1 em cada 4 crianças na NZ não tem a roupa/calçado para vestir. Não me espantam estas história tendo em conta isso. Obrigado pela partilha.

Infelizmente isto é uma realidade aí e um pouco por todo lado. Acho que em Chch não é tão notório, mas não será muito diferente, embora com a agravante de muitas casas afectadas pelos terramoto.
E quando digo em todo lado, no Porto onde cresci se soubéssemos os locais há vários postos como este com histórias similares.

Posso estar enganado, mas acho que Hamilton na NZ é um local particularmente mau no que toca a pobreza.

Rui

Sara Blog Profissão Mãe said...

Não conhecia o blog, foi a Tuxa que me mostrou o post e fiquei a ler sem parar.
Esta é uma realidade que a muitos não chega, vou passar a palavra!
<3

Sara Sofia said...

Ola' Rui.
Ja tinha visitado o teu blog e ate partilhei alguns posts com a familia. Escreveste tanta coisa sobre a Nova Zelandia que ao ler eu so acenava com a cabeca enquanto me ria e dizia 'E ISTO MESMO! :)

Nao escrevi a cronica para mostrar uma realidade unicamente Neo Zelandesa. 'E uma realidade. Partilhada por muitos lugares, e faz parte da minha experiencia aqui.
Quando estive em Auckland um mes, tambem encontrei muita gente a viver nas ruas. A meu ver, como existem poucas cidades grandes neste pais, a pobreza concentra se mais nesses lugares. Posso estar enganada. Mas sim, Hamilton, sendo pequeno (dentro da escala do grande na NZ) tem uma populacao muito grande de sem abrigo no centro da cidade e de muita pobreza infantil . Como tu, tambem li alguns artigos sobre o tema e nao me espantaram.

Tambem sou do Norte e vivi no Porto 3 anos. Tambem fui fazer o mesmo voluntariado la. Tenho muitas historias de la para contar. Algumas noites passadas na praca do teatro de S Joao a ouvir , ouvir, ouvir... Podia falar disto dias sem parar.

Obrigada por visitares o blog! Fico a aguardar mais relatos das tuas aventuras neste lado do mundo !


Sara Sofia said...

Ola Sara! Obrigada pelo comentario!
Um cantinho meu que tenho muito gosto em partilhar.

um beijinho e volte sempre

Luís Filipe Silva said...

Fantástico texto! De uma lucidez maravilhosa e elevada capacidade de síntese e transmissão de informação em forma de sentimento...porque o que li é muito mais do que escrita, mas puro sentimento e sentido solidário. Muito obrigado pela partilha. Divirtam-se e sejam muito felizes! Não será difícil, porque apesar da distância, quem tem um coração assim, só pode mesmo ser feliz... pela entrega, pela forma deliciosamente generosa como partilham as vossas vidas, só podem mesmo sorrir!!! Um abraço :-)

salomé said...

Impressionante relato. Parabéns Sara. Continua a tua jornada. Sem dúvida marcarás muitas vidas, as daqueles com que te cruzas e as nossas, que embora meros espectadores, porque não tivemos a capacidade ou possibilidade de ir além mundo como tu, mas que nos revemos no teu papel.

Parabéns também a ti Natália. Tens uns filhos especiais. E isso não se consegue sem se ser especial também.

Beijinhos