Uma óptima oportunidade para ouvirem os meus relatos em primeira mão.
I used to be a Humanitarian Worker placed in Lesbos, Greece. Now a Paramedic with the East of England Ambulance Service
Monday, 14 December 2015
Rádio AVFM
Amanhã pelas 21h vou estar na AVFM a falar sobre Lesbos e a atender telefonemas para responder a questões do público.
Sara, como posso ajudar?
Ser voluntária em Lesbos - o
principal ponto de chegada dos refugiados à Europa.
As minhas histórias, as deles e como podes ajudar.
COMO POSSO AJUDAR?
Depois de ouvirem o que tenho a contar
sobre Lesbos, algumas pessoas perguntam-me o que podem fazer para ajudar. Eu
respiro fundo e penso cuidadosamente nas minhas palavras antes de responder. É
tão difícil de formular uma resposta coerente, correcta e livre de julgamentos
quanto a um assunto tão complexo. Os maiores problemas têm que ser resolvidos
pelos políticos: os refugiados precisam de uma opção segura para fugir da
guerra. Sabendo isso, sim, existem coisas que nós “comuns mortais” podemos
fazer.
A informação escrita aqui, muito
provavelmente, vai estar desactualizada daqui a um par de dias. É importante,
se queres ajudar, actualizares-te e pesquisares com atenção antes de dares um
passo em frente.
Dito isto, existem sites e projectos que
posso dar a conhecer para que possas fazer pesquisa e tomar uma decisão
informada sobre a melhor maneira de ajudares.
Pode parecer contraditório, mas não
percas demasiado tempo a procurar a “causa perfeita”. Se vires um
sítio/projecto que precisa de ajuda, parece-te legítimo e bom, é tempo de agir.
Muitas pessoas perdem-se com a quantidade de informação e acabam por não fazer
nada.
O melhor recurso para receber informação
actualizada é: www.refugeemap.com
Este site indica todos os pontos onde é
preciso ajuda, a sua prioridade, quem são as organizações que lá estão, como as
contactar, etc. É o ponto de partida para todos os tipos de ajuda que vou
enumerar de seguida:
- ENVIAR
“COISAS”
Existem grandes problemas quando alguém
envia donativos (em géneros), para um sítio que não tem voluntários para os
distribuir.
Antes de enviares o que quer que seja,
contacta a organização para onde vais enviar e pergunta:
1) O que é preciso? 2) Como devo etiquetar e organizar a encomenda?
Considera enviar pequenos donativos para
organizações pequenas em vez de muitas coisas para organizações grandes. É
melhor enviar muito de uma só coisa do que caixas cheias de coisas misturadas.
O tempo dos voluntários é valioso nos campos de refugiados. Muito do meu tempo
foi passado a abrir caixas e a desdobrar camisolas para ver os tamanhos, a
dobrá-las de novo e a pôr em prateleiras com etiquetas. Dar a pequenas
organizações também significa que estas podem tomar decisões mais rapidamente
(menos burocracia) e levar as coisas onde são precisas.
- VOLUNTARIADO
Não tens que te meter num avião para a
Grécia para fazeres a diferença.
Eu estou numa altura da minha vida em
que posso, mas existem muitas maneiras de ajudares os refugiados na tua cidade.
Contacta a Plataforma de Apoio aos Refugiados (www.refugiados.pt) para saber
qual a instituição mais próxima de ti a receber refugiados (está previsto
chegarem os primeiros em Dezembro 2015).
- DOAR
DINHEIRO
Se achas que a melhor maneira de
ajudares é dando dinheiro, deixando a cargo de quem o recebe decidir como o
usar, tenta dar a alguém que esteja na linha da frente e em quem confies. As
organizações grandes têm recebido muitos donativos mas a burocracia impede-os
de tomarem decisões rápidas sobre onde o dinheiro deve ser aplicado. Voluntários
independentes com dinheiro podem decidir, na hora, como ajudar.
OVAR,
VAMOS AJUDAR?
Ao mesmo tempo que eu estava em Lesbos,
um grupo de amigos e familiares que vivem na minha cidade (Ovar), juntou-se
para também eles fazerem a diferença. Organizaram um mega evento de
solidariedade para com os refugiados e angariaram €5 000. Esse dinheiro vai ser
aplicado em dois projectos: enviar-me de novo para Lesos e criar mochilas para
serem distribuidas. Conteúdo: gorros, cachecóis, luvas, capas para a chuva,
escova dos dentes, pasta, kit de barbear, etc. Cada mochila tem um custo de 5€.
Se quiseres ajudar neste projecto, procura por nós no Facebook e entra em
contacto.
Sara Almeida
Esta é uma compilação de opiniões
pessoais e não refletem o ponto de mais ninguém.
Com excepção do projecto “Ovar,
vamos ajudar?”, não estou afiliada a nenhum projecto ou site acima mencionado e
por isso não posso aceitar nenhuma responsabilidade pelos mesmos.
Sunday, 13 December 2015
the aftermath.
I visited my old school last week to talk about Lesbos.
I think people assume this is an easy thing for me. It's not. I have to talk about deeply personal stories that left me traumatised. The reason I choose to do it is because I believe these stories will change people's views about what is going on in Lesbos. I hope by the end of the talk, the students and teachers will go home and remember that the word "refugee" represents the individual people they have heard about on my talk.
It's hard. It's so very very hard. I fight back the tears as I speak about my days in Lesbos.
My family assumes that the reason I hold back from telling them details is my apathy. In reality I try to protect them from knowing the suffering I witnessed and carry with me.
Wednesday, 9 December 2015
Here we go again.
A short note to let you know that me and Jack will be returning to Lesbos in January, for two months. I will be able to share more information on this very soon.
If you wish to get in touch regarding donations, projects or you want some guidance, leave a comment bellow and don't forget to leave your email so I can reply to you.
I am doing a few talks in Portugal, regarding our time in Lesbos. I hope these prove helpful for the people that come and listen.
I am very grateful for the support messages I have received from friends and strangers over the last few weeks. Thank you!
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